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05/04/2010

Fica a pergunta no ar...

Esta pergunta foi a vencedora num congresso sobre vida sustentável:


"Todos pensam em deixar um planeta melhor para os  nossos  filhos...
Quando é que pensarão em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"


29/12/2009

Contacto


Baseado no livro com o mesmo nome, "Contacto", de Carl Sagan, de vez em quando revisita-nos no canal "Hollywood".

Carl Sagan foi um céptico levado ao extremo, como qualquer bom crente, eu diria. Sempre tive isto para mim, que os maiores cépticos são os que mais crêem mas têm um medo profundo da verdade que os sustenta intimamente. Desacreditam até não haver mais alternativas de negação, para que depois a verdade final seja irrefutável.
Quem conhece um pouco da sua obra sabe que, como cientista, ele nunca deixou cair o véu senão em "Contacto". O seu trabalho parece querer provar que aquilo de que suspeitava não tinha bases científicas comprovadas e por isso sempre o negou, ou melhor, nunca o confirmou.

Mas em "Contacto" ousou mostrar-nos o seu lado crente, personificado por Jodie Foster, também ela no papel de uma cientista céptica da sua própria experiência: "Por um lado tudo o que sei como ser humano me diz que sim, esta experiência pela qual passei é real. Mas como cientista, sou obrigada a reconhecer que não tenho quaisquer evidências que a possam validar".

Estava a referir-se à sua viagem cósmica e ao contacto alienígena. Fisicamente, não saiu da plataforma de lançamento, mas a sua mente, a sua consciência, seja o que for, viajou durante 18 horas pelo cosmos. É assim, dizem os estudiosos desta matéria, que somos contactados e viajamos pelo universo: através da mente. Sendo assim, como prová-lo efectivamente? É uma experiência pessoal, individual, como conseguir que seja credível senão pela nossa própria confirmação, pela nossa palavra?

No nosso micro-cosmos valem os papéis, as experiências laboratoriais, as provas materializadas. Mas as palavras que atestam uma experiência pessoal, imaterial, não.

Somos apenas um corpo animado por uma energia vital que se desagrega irreversivelmente no processo de morte. Grosso modo, o exemplo de uma lâmpada dá-me a metáfora. A energia não se vê, mas sabemos que se manifesta através da lâmpada e que continuará a existir mesmo que ela se funda. Por onde anda a circular essa energia quando não está a ser utilizada?
O facto de conhecermos todo o seu processo de captação e distribuição, faz com que a vejamos? Alguém alguma vez viu efectivamente a electricidade? Não. Apenas sabemos que existe pelos seus efeitos.
Porque será então que temos tanta dificudade em aceitar que enquanto dormimos, sonhamos, estamos inconscientes, a nossa energia possa circular por outras esferas às quais o corpo físico, pela sua densidade e materialidade, não pode aceder?
Acredito profundamente que o fazemos e sei intimamente que a beleza do universo é indescritível. Como ela no filme disse numa comoção contagiante: "Não há palavras, não há palavras... é pura poesia! Deviam ter enviado um poeta! É tão lindo, tão lindo!".


Para mim, esta é a maior mensagem de fé e de esperança que Sagan poderia deixar-nos.

30/09/2008

Sem resposta

Não me lembro onde li qualquer coisa assim "Não sei o que me causa mais dor, se a ideia de tu morreres e eu sobreviver com esse sofrimento, se a do teu sofrimento quando eu morrer e ficares sem mim".
Não sei se me doeria mais a tua dor, se a minha.

18/07/2008

Talvez sem juízo...

O amor existe e é lindo vê-lo por aí por todo o lado, à espera de ser encontrado. Ele manifesta-se de várias formas, esconde-se, espreita, dá-se a conhecer, avança, recua e às vezes exaspera, desespera, confunde! Conseguiremos reconhecê-lo?
Quando queremos muito encontrá-lo, sim. Mas depois quando ele se instala e nos absorve por inteiro, vem o medo da entrega que ele exige e os nossos mecanismos de defesa disparam logo: “Ai, se calhar é paixão ou dependência de afectos, e não amor...”, também “pode ser só uma necessidade do ego e não um sentimento puro de um coração crístico...”, ou ainda “e se em vez de um encontro de almas gémeas for o de almas carentes e necessitadas à procura de um elixir terapêutico?”.
Mas o amor pode ser/ter tudo isto, ou não pode?
Pois ... a dúvida é necessariamente fruto da actividade racional e da insegurança, mas a partir do momento em que ela se instala o amor está “feito”... porque é questionado, amputado, cortado às tirinhas!
Gostamos de acreditar naquele padrão celestial que diz que o amor que é amor nunca se questiona: ele É, simplesmente, e é benigno, pacífico, transformador.

Muito bem. Mas tal como nós, gente dividida entre o celestial e o terreno, o amor também tem lá o seu lado humano com laivos de imperfeição e de inquietude. E na verdade, nada do que é transformador é muito pacífico...
Fomos sempre levados a considerar que o amor, per si, é sério, responsável, adulto, maduro e sabe sempre qual é o melhor caminho.
Mas... e se ele não tiver juízo?!