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09/07/2011

orapazeopeixe


Curta metragem sobre um miúdo que tem de lidar com a morte pela primeira vez quando o seu peixe de aquário pára de mexer.

Ajudem à produção deste filme, visitando o blogue, contribuindo e divulgando-o.


Dirigido por: Bertolino Pedro, Luís Montanha e Pedro Cruz

Site: http//orapazeopeixe.wordpress.com
Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=1435329813#!/pages/orapazeopeixe/221825401185374?sk=info



Este é um projecto de fim de curso de três jovens cineastas, que desde logo me despertou a atenção pelo tema abordado.
Sempre defendi que se deve encarar o tema da morte de frente, com naturalidade, e não como um assunto mórbido, ou um tabu. Os preconceitos são coisas dos adultos, fazemos julgamentos e partimos do princípio que as crianças reagem como nós, porque nos projectamos nelas. Mas na verdade as crianças são surpreendentes na sua forma de entendimento e aceitação. Talvez porque estejam mais ligadas à Fonte do que os adultos, as crianças têm uma compreensão natural do mundo e da natureza que as rodeia. Cabe-nos a nós ajudá-las a manter essa visão pura e desdramatizada.
Nesse sentido, acho que este projecto é muito válido no seu propósito. E eles precisam da nossa ajuda.

17/03/2010

Coisas que não somos

Alguns meses antes de a minha mãe morrer (ainda nem estava diagnosticado o cancro), participei numa formação sobre estas questões e percebi de uma vez por todas como é importante falar da morte sem rodeios, sem considerar que é mórbido ou um assunto tabu. Sinceramente, perdi a tolerância para estas atitudes de "faz de conta".

Já aqui falei sobre isto. A minha mãe era uma pessoa muito activa e imaginativa, e em tudo quanto era folha de papel, blocos, agendas, caderninhos, escrevia projectos, histórias, pensamentos, experiências de vida... E coleccionava coisas de viagens, guardanapos, pratinhos, souvenirs. Guardava tudo. Esse apego é contagioso, porque quando alguém morre, quem fica apega-se a essas mesmas coisas, porque personifica nelas o ente querido, e é um grande sofrimento libertar-se delas. Por isso, entre outras coisas, pedi-lhe que organizasse a sua papelada, que deitasse fora o que era supérfluo, porque iria custar-nos muito decidir o que fazer-lhes, quando ela morresse.
Valeu-me o facto de ela ser uma pessoa sensível a estas questões, só não me valeu o curto tempo que teve para cumpri-las. Mas mesmo assim, alguma coisa foi feita e o simples facto de termos falado sobre o assunto deu-me maior liberdade de acção.

Olho à minha volta e vejo que estou perante um ambiente análogo. Papéis, recortes, canetas, revistas, chaves, fios, caixas cheias de tudo e de não sei quês... Ele identifica-se com as suas coisas como partes integrantes da sua identidade, o que, a meu ver, o leva à crença de que não pode viver sem elas, de que se sentirá desvinculado de si mesmo na sua ausência.
Como poderei então eu, algum dia, desapegar-me da sua identidade, do que ele é?
Quanto a mim, quando eu morrer pode ir tudo para o lixo, mesmo as coisas de que mais gosto. As coisas só valem pela utilidade que têm enquanto eu viver aqui, depois deixam de me ser úteis e não me revejo, nem me quero perpetuar nelas. O que fui, sou, está no que fiz, não no que tenho e nem sequer nas minhas palavras.

15/03/2010

Vida e morte, o par eterno

Pergunto-me inúmeras vezes se quando falamos de vida e morte sentimos mesmo de que se trata apenas de um ciclo. Aceitamos quase poeticamente os ciclos de finitude e renascimento sucessivos da natureza - os Outonos e Primaveras que nos encantam - mas temos imensa dificuldade em aceitar essa finitude para nós próprios.

Aprendemos, ao longo da História, que todas as civilizações tiveram tradições espirituais e religiosas que acreditavam na vida para além da morte. Mas apesar de algumas dessas tradições ainda subsistirem, na sociedade moderna a crença profunda perdeu-se do colectivo cultural e não sustenta o nosso caminhar. Nós não somos efectivamente criados e orientados nesse acreditar, já não nos está na massa do sangue.
Quanto maior for o apego às coisas materiais, menor é a disponibilidade para as questões do espírito. De alguma forma isto explica-me porque se afastaram as sociedades de consumo das crenças filosofico-religiosas. Os deuses de agora são outros.
Talvez por isso nos amedrontemos tanto face à morte e, particularmente no ocidente, seja tão constrangedor pensar,  falar, ou mesmo encarar a sua presença.  Falta-nos o sentido. Por isso fazemos como a avestruz, enterramos a cabeça na areia e recusamos vê-la. É como se ela não fizesse parte da vida.
No entanto, o que dá sentido à nossa vida é, em última análise, o que dá sentido à nossa morte. Cumprimo-nos e fechamos o ciclo. Estarmos bem connosco e com os outros é tão essencial para a harmonia da nossa vida, como é vital para a serenidade necessária nos últimos momentos. Necessária para quem parte, para que parta com a consciência de missão cumprida; e para quem fica, para que viva com a consciência de que fez o que estava ao seu alcance e faça o seu luto em paz.

Se interiorizarmos que a morte pode chegar a qualquer momento os nossos dias serão mais ricos, porque essa consciencialização faz a diferença e leva-nos a conferir maior intensidade à nossa vivência, a buscar a nossa plenitude, a procurar curar e nutrir os nossos vínculos afectivos, a dar prioridade ao que dá sentido à nossa existência. Inclusivamente, confere-nos maior sentido prático em assuntos que poderão ser problemáticos para quem nos sobrevive.
E isto só é possível pelo afecto, pelo diálogo, pelo desfazer de tabus e preconceitos, e pelo confronto com o medo.

"Viver Não Dói" (Excerto)
Carlos Drummond de Andrade

Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas
e não se cumpriram.
(…)
A cada dia que vivo,
mais me convenço de que o
desperdício da vida
está no amor que não damos,
nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca,
e que, esquivando-nos do sofrimento,
perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável,
O sofrimento é opcional.

20/06/2009

O quarto vôo da borboleta

Faz hoje 4 anos. Como ela sempre quis, vimo-la partir vestidos de branco, ouvindo música, em festa. A vida para ela foi sempre uma festa, mesmo que acabasse em bebedeira, pancadaria ou solidão, era festa.


As festas às vezes são assim. Vamos para ela enérgicos, cheios de expectativas; voltamos cansados, arrastando as pernas.

Mas isso nunca lhe roubou a alegria, a fúria de viver, a determinação, a concretização dos sonhos.

O que mais me custou depois da sua morte, ao arrumar os seus papéis, agendas, blocos, cadernos, folhas soltas, foi encontrar em todos eles o esqueleto de "projectos a realizar". Livros, cursos, conferências, viagens, espectáculos... A sua mente imaginativa, criativa, abstracta, era ilimitada; a sua perseverança e dinamismo, imparáveis. Acima de tudo, para ela tudo era possível e concretizável. Nunca lhe conheci impeditivos, nem medos de ir em frente. Antes pelo contrário, o único medo que lhe conheci foi o da imobilização. Dizia, quase premonitoriamente, "se algum dia ficar imóvel, incapaz de fazer coisas, prefiro morrer".
E o universo cumpriu a sua vontade.

21/11/2008

Eutanásia e Cuidados Paliativos

Eutanásia: Afinal de que falamos?
Por Drª Isabel Galriça Neto
(Médica de Cuidados Paliativos, directora da Unidade de CP Hospital da Luz, assistente da Faculdade de Medicina de Lisboa)

Para alguns a eutanásia é a resposta correcta para o sofrimento insuportável das pessoas que, tendo doenças incuráveis e numa fase final da sua vida, entendem não querer continuar a viver.
A eutanásia inclui sempre o acto de provocar a morte numa pessoa gravemente doente, no fim da sua vida, e a pedido desta. Os seus defensores dizem que é uma resposta a reservar apenas para situações excepcionais.

A eutanásia não é a recusa de tratamentos desproporcionados, ditos fúteis, e a eutanásia não é a suspensão desse tratamentos. Com efeito, a recusa ou suspensão de tratamentos desproporcionados é uma boa prática médica, já recomendada e aprovada recentemente em código deontológico. A eutanásia também não é a administração de medicamentos opióides e sedativos, quando a intenção é aliviar o sofrimento. Por outro lado, é inútil associar a eutanásia a vagos conceitos como "morte assistida", "morte digna", "boa morte serena", pois isso só contribui para confundir a opinião pública, com expressões que são tópicos sentimentais e susceptíveis de aludir a muitas outras actuações, de âmbito e natureza diferente da da eutanásia. A realidade do sofrimento em fim de vida preocupa e assusta, e isso é natural e compreensível. Todos queremos garantir para o final dos nossos dias a tranquilidade de um tempo sem dores, sem mal-estar e encerrar serenamente a nossa vida, em paz connosco, com o mundo e com os que nos são queridos.

Os que trabalhamos com doentes em fim de vida e seus familiares sabemos que a larga maioria nos diz: "Eu não tenho medo de morrer, tenho é medo de sofrer!" As pessoas querem habitualmente viver, viver com dignidade e só um sofrimento insuportável as fará desejar morrer, e mais, as fará desejar que as matem.

Os portugueses precisam saber que têm hoje uma resposta técnica e humanizada da medicina para essas situações de sofrimento e que se chama "cuidados paliativos". Estes cuidados de saúde, prestados por equipas de profissionais e voluntários devidamente especializados, promovem a qualidade de vida e a dignidade, respeitam a vida (não a encurtam) mas também respeitam a inevitabilidade da morte (e por isso não prolongam artificialmente a vida).

Isto é: no mundo actual e moderno, a medicina tem meios para mitigar o sofrimento humano, não o deixando tornar-se intolerável e sem manter as pessoas vivas a qualquer custo. Esta é uma resposta não para casos excepcionais, mas "a" primeira resposta nos cuidados de saúde para os que têm doenças graves e incuráveis, que pode e deve ser prestada muito antes dos últimos dias de vida. Se não houver acesso e, sobretudo, se não houver informação sobre cuidados paliativos, a escolha sobre o que queremos para o fim dos nossos dias será feita de forma imperfeita e deturpada, sem estar na posse dos mais recentes dados sobre a matéria. Não se trata de contrapor a "alternativa cuidados paliativos" à "alternativa eutanásia": qualquer que seja a nossa posição sobre a eutanásia, todos devemos ter acesso aos cuidados paliativos. Demos aos cuidados paliativos, enquanto direito humano, o lugar universal que lhes está reservado.

Um recente estudo pioneiro, de representatividade nacional, promovido pela Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (ver
http://
www.apcp.com.pt) demonstra que 2/3 dos portugueses desconhece a existência e as práticas dos cuidados paliativos. Curiosamente, nesse mesmo estudo, dos indivíduos inquiridos - que representavam a realidade nacional -, 50% dos que se assumiam a favor da eutanásia diziam que mudariam essa posição se tivessem a garantia de que a medicina não os deixaria em sofrimento intolerável. Estes factos revelam um nível de desinformação preocupante e justificam, por si só, mais e melhor informação para os portugueses sobre estas matérias.

Só pode haver debate sobre um tema se houver conhecimento alargado sobre ele. Importa, pois, colocar toda a informação disponível ao serviço do público, com rigor e verdade, evitando abordagens sensacionalistas. A importância do tema nas nossas vidas, o respeito pelos mais vulneráveis e, sobretudo, o respeito pela opinião pública e o dever de a informar justificam-no.
Oxalá possamos assistir a essa mudança.

In Público - Cartas ao Director - 09/11/2008

18/11/2008

H.M.

Lembro-me da tua indecisão em aceitar o convite para vir a Lisboa. Vinhas dar formação em cuidados paliativos. Nessa altura, ainda pouco se falava sobre o assunto.

Estiveste quase para não vir. Não sabias se conseguirias fazer um bom trabalho, porque te iria exigir uma imensa entrega. Tu estavas em estado de choque e com uma enorme dificuldade de lidar com as tuas emoções.

Na semana anterior tinham-te diagnosticado uma neoplasia na perna. Como médico sabias que o veredicto era a amputação. Quando regressasses de Lisboa terias que enfrentar essa perda.
Sentiste-te frágil, estavas com medo.
Desta vez era a tua vida.
E ainda assim sublimaste-te e vieste, generosamente, e nos privilegiaste com a tua sabedoria e a tua presença compassiva, tão dignamente.

Dificilmente alguém poderá esquecer como estiveste em dádiva em todas as horas. Como as tuas palavras eram veiculadas pelo amor à tua missão e àqueles de quem cuidavas. Tocaste-nos de forma plena, profunda, partilhando as tuas vivências, as histórias de vida de tantas pessoas em fase terminal que ajudaste a partir e a quem proporcionaste viver em dignidade os últimos momentos. Foi a tua serenidade, a cadência afectuosa da tua voz, a grandeza espiritual que nos foste revelando ao longo dos dias, que enchiam a sala de um silêncio de escuta que jamais testemunhei.

Muitas vezes ao olhar para ti senti a presença de uma vontade numinosa levando-me para outro estado de consciência, o único estado onde a força Curadora se manifesta e actua. O lugar do nosso encontro.
E à noite, em silêncio, orava por ti e deixava que o espírito me guiasse.

Em cada momento de comunhão bebi as tuas palavras e apreendi a grandiosidade do amor, desse amor incondicional que escuta sem julgamento, que se entrega por inteiro, que tudo comunga, tudo partilha, tudo aceita, tudo perdoa, tudo cura.

Reaprendi que o grande momento de reconciliação com a vida é o de um Ser face à iminência da morte. A morte do outro, a nossa morte. A derradeira oportunidade de transformação.
É em presença dela que nasce a grande oportunidade de um Ser se revelar em plenitude, de se conciliar com a sua vida, com os outros, de deixar cair todas as máscaras, de se ver despido delas e aceitar-se, de abrir o coração à verdade e ao amor, de falar o que nunca foi falado, de perdoar e perdoar-se, de desfazer os nós de enganos que se foram tecendo no cordão da vida.

Disseste que as palavras curam, que é curando o outro que nos curamos também a nós. Que a cura é um acto de amor e que o amor é um milagre. Que em todo e qualquer momento o que mais queremos, a única coisa que realmente queremos, é sermos amados.
E quando as palavras faltarem ou já não forem necessárias, nunca deixes de dizer Amo-te. Diz Amo-te com o corpo, diz Amo-te com os sentidos, diz Amo-te com a alma. Mas não páres de o dizer até ao fim.

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Liguei-te com o coração nas mãos.
- H., diz-me como estás!?
- Queres saber onde estou? Na Torre Eiffel, com os meus filhos, pela primeira vez... vim celebrar.
- E os exames...?
- Estou curado... remissão total. É um milagre.
Não consegui falar, comecei a soluçar de emoção.
- D., é o meu milagre de Lisboa... Merci.

22/10/2008

C.

C., hoje estive lá, naquele mesmo lugar. Como poderia não me relembrar de ti, da primeira vez que te vi? o corpo curvado, o roupão branco com um maço de tabaco no bolso, o pijama azul, os chinelos que te deram no check-in, o teu cabelo fino e comprido colado à testa e às têmporas pelo suor e esse teu olhar triste, de abandono, tombado sobre nós, que desde logo me cativou. Lembro o teu sorriso doce, a tua voz murmurada, o teu jeito tímido, os teus dedos amarelecidos pelos cigarros, o contentamento quando te davam alta e a tristeza quando te via regressar, porque sabia o que isso significava. Mas depois, a alegria que brilhava nos teus olhos quando chegávamos! E sempre, sempre, esse afecto genuíno, essa cumplicidade partilhada, esse entendimento transcendente e sem explicação.
Não sei quantos meses, mas o tempo passou como sempre passa o tempo nestas situações, veloz na falta de piedade e lento pela acção do sofrimento.

Não a querias largar, sinto ainda a força da tua mão direita na minha, a angústia do teu corpo depositada nela, o anseio nos teus olhos, o reflexo do medo. O coração batia-me, não queria que me visses chorar, cantava uma canção de ninar, duas, três, queria sossegar-te, a voz saía-me como um sopro, fica em paz, não tenhas medo, segue a luz.
E tu seguiste-a, que eu sei. De noite vieste ter comigo envolto nela, grande, numinosa! acordaste-me para te despedires e consolidares definitivamente esta certeza profunda que se tornou a minha âncora no eterno.
Os anjos existem.

13/10/2008

A Passagem de Pierre Weil

Educador e psicólogo, reitor da Unipaz - Universidade Holística Internacional, autor de numerosos livros para o despertar de uma nova consciência de paz e não-violência, ganhou o prémio UNESCO de Educação para a paz e foi indicado para prémio Nobel da Paz em 2003.
Conheci-o na Unipaz, onde frequentei vários dos seus seminários, e foi com tristeza que soube da sua passagem no passado dia 11.
Como diz Jean-Yves Leloup: Que as sementes de consciência e de paz que ele plantou em nós e nas obras que ele fundou continuem a florescer e a dar o seu fruto. De agora em diante, que a sua presença, "clara e infinita luz", nos acompanhe...

11/10/2008

Dia Mundial dos Cuidados Paliativos

... Para nos lembrar o quanto ainda nos falta caminhar até termos disponível no nosso sistema de saúde uma rede de cuidados paliativos satisfatória e acessível a todos os doentes em fase terminal, que garanta a redução da dor e o acompanhamento necessário, do ponto de vista físico e psico-existencial, de forma a proporcionar-lhes uma morte com dignidade.

30/09/2008

Sem resposta

Não me lembro onde li qualquer coisa assim "Não sei o que me causa mais dor, se a ideia de tu morreres e eu sobreviver com esse sofrimento, se a do teu sofrimento quando eu morrer e ficares sem mim".
Não sei se me doeria mais a tua dor, se a minha.

09/05/2008

Vida

Estamos mortos antes de sermos concebidos e começamos a morrer depois de o sermos. A este brevíssimo circuito entre mortes chamamos vida.
A vida é um curto circuito cósmico.

18/01/2008

Intrusa

A morte entra sempre sem pedir licença. É a única intrusa que temos a certeza virá quando lhe apetecer, sem convite nem hora marcada. Aparece, impõe-se, marca território, senta-se connosco, come, arrota, incomoda (incomoda tanto!), e nunca, mas nunca, pede perdão. Pior do que isso, no fim ri-se. Ri-se que se farta, a ordinária.