Não sou dogmática, mas tenho as minhas crenças. Nunca aderi a «ismos» por me parecer que restringem e aprisionam a nossa liberdade, confinando-nos ao facciosismo de um único modelo de pensamento, por mais amplo que possa parecer. Para crescer é preciso ter liberdade e a liberdade não tem regras. A liberdade tem a sua essência no amor e por isso não existe se for carente de verdade, de respeito, de responsabilidade. Estes são atributos de quem é livre, mas não podem ser regras já que, em última análise, toda a regra tem excepção. Mas os atributos de quem é livre são a própria essência desse estado e, portanto, imutáveis.
Tenho de facto as minhas crenças. Elas resultam da observação da vida e da forma como tudo está interligado, da dinâmica causa-efeito das acções, da constatação de que nada acontece por acaso, da materialização dos nossos pensamentos, da manifestação dos sonhos e da existência de algo não palpável, não controlável, mas que é uma realidade que todos nós vivemos num outro plano que não o físico, e à qual muitas vezes se chama transcendência.
Não gosto muito dessa definição porque só por si é separativa, dá ideia de que é algo que está muito afastado do comum mortal e que este nunca alcançará porque é apenas privilégio de alguns espíritos aprimorados. E por isso, por não conseguir reconhecer a transcendência que há em si, o comum mortal não se motiva à descoberta, tem dificuldade em compreender e aceitar tudo aquilo que não faz parte da sua vida materializada no quotidiano.
Foi por isso que comecei a escrever “deus” com minúscula. Quando era miúda e o escrevia com maiúscula, sentia-o distante, tão longe e tão inacessível, que me fazia duvidar da possibilidade de poder interagir com ele. De igual modo, quando ouvia nas missas que ele estava lá em cima, no alto, no céu, eu pensava "ele devia era estar cá em baixo, que é onde faz falta". E por necessidade dessa proximidade comecei também a tratá-lo por tu, como um amigo chegado, e a rezar “pai nosso que estás no céu e também em mim”. E nunca o senti zangado comigo, antes pelo contrário, tenho sido alvo incansável das suas bençãos. Tirei-lhe o pedestal da maiúscula, mas não o fiz menor.
Tenho de facto as minhas crenças. Elas resultam da observação da vida e da forma como tudo está interligado, da dinâmica causa-efeito das acções, da constatação de que nada acontece por acaso, da materialização dos nossos pensamentos, da manifestação dos sonhos e da existência de algo não palpável, não controlável, mas que é uma realidade que todos nós vivemos num outro plano que não o físico, e à qual muitas vezes se chama transcendência.
Não gosto muito dessa definição porque só por si é separativa, dá ideia de que é algo que está muito afastado do comum mortal e que este nunca alcançará porque é apenas privilégio de alguns espíritos aprimorados. E por isso, por não conseguir reconhecer a transcendência que há em si, o comum mortal não se motiva à descoberta, tem dificuldade em compreender e aceitar tudo aquilo que não faz parte da sua vida materializada no quotidiano.
Foi por isso que comecei a escrever “deus” com minúscula. Quando era miúda e o escrevia com maiúscula, sentia-o distante, tão longe e tão inacessível, que me fazia duvidar da possibilidade de poder interagir com ele. De igual modo, quando ouvia nas missas que ele estava lá em cima, no alto, no céu, eu pensava "ele devia era estar cá em baixo, que é onde faz falta". E por necessidade dessa proximidade comecei também a tratá-lo por tu, como um amigo chegado, e a rezar “pai nosso que estás no céu e também em mim”. E nunca o senti zangado comigo, antes pelo contrário, tenho sido alvo incansável das suas bençãos. Tirei-lhe o pedestal da maiúscula, mas não o fiz menor.
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