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10/02/2008

Explosão

Eu quero o absurdo e o absoluto. Quero tudo
Vou às apalpadelas, não vejo nada!
Não sei a direcção. Não tenho a luz.
Mas não estou quieta. Vou indo.
Vou tentando ir sem olhar muito para os lados nem para trás.
Às vezes não quero ver nem sentir. Quero fingir.
Quero ser poeta fingidor. (Aquele que tudo sente e tudo finge.)
Quero também cantar os poemas desse poeta em voz alta para todos ouvirem.
E não quero ser só mais uma. Quero ser mil ou muitos milhares. Quero ser estrela.
E quero que o mundo se verga, se dobre nos meus olhos.
E quero ver o sol nascer de mim.
Quero a imensidão de tudo o que foi dito e de tudo que nunca o será.
Porque é tudo tão grande, tão imensamente grande...!
que nem o cosmos tem tamanho para tamanha grandeza!
E aqui fico destroçando a minha mente nesta busca,
explodindo os meus neurónios em fogo de artifício
para todo o universo assistir...

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