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25/02/2008

12 palavras-chave

Foi uma escolha demorada, mas ele lançou o repto e por isso aqui venho largar as minhas doze de muitas.
Corpos - vejo-os tão enleados que não os distingo, têm que estar no plural, corpos, para transmitir a força devoradora da entrega e da posse; Chapinhar - gosto do som onomatopeico da palavra, da evocação da água, da alegria inocente e candura que ela transporta; Carícia - palavra doce do sentir, sereno prazer de comungar o toque com outra pele; Langor - palavra per si lânguida e sensual, apela à lassidão, ao abandono, ao desejo de sexo; Dádiva - tem uma sonoridade profundamente espiritual que me fascina, como uma doação incondicional apenas possível a deus; Enamoramento - porque nos torna pertença de uma experiência única, numa dimensão mágica, quando nos deixamos ir em abandono para o outro e partimos à sua descoberta, sem limites e imbuídos da mais pura energia encantatória da amorosidade; Cheiros - são o perfume das vivências, abrem-me a porta dos sentidos, temperam memórias de momentos intensos; Sublime - palavra altíssima, eleva-me para o etéreo, para a inigualável perfeição, para a divindade; Lamber - prazeres deliciosos, os de lamber um gelado, um chupa-chupa, o prato de sobremesa depois de acabada, e o corpo de quem se ama; Dança - induz ao movimento, a cadências e ritmos estimulantes, liberta-me as tensões, dá-me noção e funde-me com o espaço que ocupo; Terra - dá-me confiança, os dois "r" guturais fazem-na forte, dão-lhe base de sustentação, como duas raízes bem fundas e consistentes; Amor - porque é uma palavra pequena e macia que diz tudo.

3 comentários:

Anónimo disse...

Não te esqueças da palavra "nhónhó". É de uma beleza quasi-metafísica, eu diria.

Anónimo disse...

"O Cotãozinho Nhónhó", parece-me um excelente título :-)

susana disse...

bem escolhidas.