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15/09/2012

O fim do especismo

"Foi decretado pela própria ciência o FIM do especismo - equívoco pelo qual alguns ainda insistem em teimar que os animais são seres "inferiores" ao homem, sem sentimentos ou incapazes de funções tal como a consciência e o sofrimento. Leia: http://fcmconference.org/img/CambridgeDeclarationOnConsciousness.pdf

A partir de agora já não é possível continuar a insistir nesse tipo de "argumentação" como tentativa de justificar o injustificável: o abate dos animais, o consumo da sua carne, a caça, a sua exploração como "diversão", o seu aprisionamento e confinamento, o uso das suas peles.

Uma versão abreviada do histórico documento de julho de 2012 de Cambridge, foi recentemente publicada também no Brasil em: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/quase-humanos"

09/09/2012

Carnismo: uma perversão cultural

Ensinamos as crianças a amar os animais. Os mémés, os piupius, os patinhos... Levamos as crianças aos parques para dar pão aos patos, aos peixes, milhos aos pombos. Depois nas quintas pedagógicas, a darem festinhas às vaquinhas, às ovelhas.
Em casa há gatos, cães, coelhinhos. Ensina-se a cuidar e proteger... Mas no fim mata-se tudo, serve-se com arroz e batatas, e come-se.
Muitas crianças reagem, não lhes faz sentido, choram... Mas os pais insistem "tens que comer a carninha". E com o decorrer do tempo a consciência mais pura da criança vai-se dissociando da lógica emocional e intuitiva, e é substituída por uma (i)lógica racional cultural que nunca se questiona "porque é assim" (mesmo que ninguém saiba explicar porquê).
Digam-me se isto não é de facto uma perversão e psicopatia da nossa sociedade?
E porque é que se escolhe comer uns animais e não outros? De uma vez por todas, porque é que se comem animais? As suas opções têm um grande impacto sobre o nosso corpo, sobre o planeta.
Não reaja defensivamente, não negue, não ignore. Informe-se, reflicta e escolha.

“Alguma vez já se perguntou porque é que, de dezenas de milhares de espécies de animais, provavelmente sente-se enojado com a ideia de comer a grande maioria e só come meia dúzia deles? O que é mais impressionante sobre a nossa seleção de animais comestíveis e não comestíveis não é a presença de nojo, mas a ausência dela.
 “Why We Love Dogs, Eat Pigs, and Wear Cows: An Introduction to Carnism”, é a resposta de Melanie Joy à pergunta acima: como é que nós como sociedade "decidimos" que animais são bons para jantar, em oposição ao desafio da conquista sobre o factor medo? Por que vemos alguns animais como "consumíveis", enquanto outros são "fofinhos"? E como é que é possível justificarmos a escravidão e abate de animais, quando esse sofrimento é desnecessário para a sobrevivência humana nos países industrializados?
Joy - uma psicóloga social e defensora dos animais - estabelece o conceito de "carnismo" para explicar como e porquê classificamos um pequeno subconjunto de animais não-humanos como "alimento", apesar de todos os animais (incluindo os humanos) serem essencialmente feitos da mesma matéria (ou seja, carne). A ideologia do carnismo automaticamente reforça e reenforça o nosso consumo de carne (a nossa "cultura da carne", se preferir). Porque o "carnismo" é absurdo, é preciso adoptar uma série de mecanismos de defesa a fim de manter o status quo. Estes incluem comportamentos como a negação, a evitação, a rotinização, a justificação, a coisificação, desindividualização, dicotomização, racionalização e dissociação. E tudo isto ocorre tanto a nível individual como institucional.” (https://www.facebook.com/pages/Occupy-for-Animals/152547194813334)