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14/12/2011

Levantar o véu das mentiras e do encobrimento

Carta de Rockefeller ao President Clinton: "Lifting the Secrecy on Information About Extraterrestrial Intelligence as part of the Current Classification Review". Nesta carta de 1995, Rockefeller falava de "spirituality and holistic healing as well as the development of a new paradigm of consciousness", e pedia abertura ao público dos dossiers sobre vida alienígena:
http://www.paradigmresearchgroup.org/Rockefeller%20Documents/RID-8-23-95.htm#2

Actualmente está em curso uma petição pública dirigida à Casa Branca, para investigação do fenómeno ufulógico e abertura de ficheiros. São precisas 25.000 assinaturas, por favor colaborem.


01/12/2011

Nova alquimia

As palavras essenciais e justas que gostaria de escrever estão de tal forma enterradas na minha limitação que nem lhes consigo chegar. Sigo pelas figuras de estilo, as comparações, as imagens, as metáforas, pelo recurso a esta redundância humana de buscar pelo lado de fora uma tradução dos estados de alma. Um estar do avesso.
Sinto uma dor magoada como se tivesse sido alvejada, como se tivessem disparado um tiro certeiro no meu coração e a bala ficasse alojada numa zona de fronteira entre a morte e a esperança de vida, presa por um fio. E esta parece ser uma situação deveras dolorosa, a incerteza da permanência do lado de cá e a possibilidade de uma passagem para o outro lado.
Mas é um desafio. Há um coração que teima em bater, em vibrar, em mostrar que tem força e dignidade para ir à luta. E aquele objecto dual, estranho, desconfortável, ali alojado, não pode ser subestimado. Há um prenúncio de vida nele, mais do que de morte. O coração tem que cuidá-lo, acomodá-lo, para que se mantenha no mesmo lugar. Um batimento mais forte, e poderá deslocar-se fatalmente; uma vibração a mais, e o fio de vida poderá partir-se. E o coração, sabendo ser este o caminho a seguir, a busca do equilíbrio entre forças primordiais aparentemente antagónicas, recolhe-se em silêncio trabalhando na alquimia. E corajoso, seguro do Amor que o anima e que só ele sabe sentir, confia que no tempo necessário, tal como uma impureza dentro de uma ostra, a bala nele alojada se transformará em pérola.

29/11/2011

Amar de menos

“O namoro, o casamento, a família e a amizade, são instituições nas quais devemos exercitar e operacionalizar o sentimento do amor. A relação homem e mulher, além de ser básica, deveria ser a mais prazerosa, já que inclui, entre outras coisas, o companheirismo, a sexualidade e a construtividade do futuro. Então porquê tanta hostilidade, tanto confronto, tanto sofrimento, tanta humilhação?
Só há uma resposta: a incapacidade de amar.
Essa "doença", na forma de dominação e posse, acomete principalmente a figura masculina, enquanto que a forma de desamor mais comum nas mulheres é a submissão, a dependência e a renúncia. Mas todas as doenças emocionais são por falta de amor.
No homem, a incapacidade para lidar com o afecto e a ternura aparece sob a forma de abuso de poder, de autoritarismo e de certo prazer camuflado em ver a mulher sofrer. Essa incapacidade amorosa de alguns homens tem várias razões. A primeira delas remonta à relação que o homem teve na infância, na sua primeira experiência com uma mulher: a mãe.
Ou foram muito protegidos pelas mães e não aprenderam que o outro também existe com necessidades afectivas, por isso querem receber sempre toda a atenção da mulher sem nenhuma reciprocidade. E quanto mais a mulher se anula para atendê-los, mais satisfeitos se sentem. O seu nível de exigência não tem limites e a mulher ao seu lado sente-se constantemente em falta, com culpa, com a incumbência de fazê-los felizes, o que é impossível por dois motivos: primeiro porque ninguém faz ninguém feliz e segundo porque eles são insaciáveis.
Ou então não foram amados pelas mães e não sabem o que é amar.
O apego que as mulheres desenvolvem por eles é acompanhado de uma raiva reprimida à figura feminina, traduzida nas formas de relacionamento tão denunciadas pelas mulheres: frieza, críticas, impaciência, irritação, superioridade e o famoso jogo do desprezo, do abandono e do ciúme. No fundo, eles maltratam as mulheres por medo da rejeição. Fazem questão de se sentirem superiores, sempre com razão. As discussões constantes não têm nunca por objectivo resolver os problemas, mas sim destruir a figura feminina culpando-a pelo fracasso do relacionamento.
“O teu ciúme acabou com o nosso relacionamento”, dizia um marido, sem se perguntar de que maneira ele alimentava o ciúme da mulher com indiferenças, ameaças de separação, críticas, etc., ou de que maneira poderiam fazer uma terapia de casal para aprender a amar. Nestes casos, a própria separação é mais um acto de desprezo e vingança à figura feminina.
Os homens que amam de menos terão dificuldades em qualquer namoro ou casamento que venham a ter, porque a sua incapacidade de amar é o verdadeiro problema. Conhecemos bem o deficiente físico ou o deficiente intelectual, mas não prestamos atenção aos deficientes afectivos. Se para andar precisamos das pernas e da competência motora, para nos relacionarmos bem precisamos da competência amorosa.
Há pessoas que não sabem ou não conseguem amar. Sofrem e produzem sofrimento em quem delas se aproxima ou que com elas convive. O medo do abandono, da rejeição e da traição de serem magoados, coloca os homens que amam de menos numa posição de defesa em relação às suas parceiras. Em casos extremos, são capazes de agredir fisicamente as suas mulheres e até matar.
É comum nesses casais, que nos intervalos das cenas de violência haja juras de amor, a prática compulsiva de sexo e o pedido apaixonado de perdão. Como, porém, a causa fundamental é a incapacidade de amar, logo de seguida recaem na repetição do drama e da dor. O contrário do amor é o medo. E a louca solução encontrada por eles é destruir o objecto do medo, que deveria ser o objecto do amor: maltratar e desprezar a pessoa que se diz amar.
O que salva é que a invalidez amorosa tem cura, não é uma invalidez permanente. Todos os processos terapêuticos - e todos os processos religiosos - têm por objectivo ensinar-nos a amar.
Quando descobrimos que a única solução para sermos felizes é o amor, quando percebemos a nossa dificuldade de amar, estaremos a entrar na senda da felicidade. Sem amor enredamos-nos pela teia da competição e hostilidade com o outro, gerando em nós e nos nossos relacionamentos um profundo vazio, tédio e depressão.”

António Roberto
Consultor em relacionamentos e comportamento humano

16/11/2011

Querem saber o que se passa no mundo?

Vejam este filme de 1988. Não sei se se recordam, passou despercebido. Na altura provavelmente poucos de nós compreenderíamos a mensagem, era ficção, estávamos bem adormecidos. Mas à luz do que se sabe e se passa hoje, tudo faz sentido.
O domínio político e financeiro, o desemprego, a opressão e ocultação, o poder da Elite, a manipulação dos verdadeiros governantes, o papel dos reptilianos.
Há que ir fundo nesta questão, pesquisar, esclarecer-se. Não receiem saber mais, o planeta precisa disso. Busquem.

"It is set a year or two years from now (and I am being optimistic). I have been highlighting this movie for a decade and saying this is what is planned and this is how the world is controlled." - David Icke.



14/11/2011

Um lugar para o amor (2)

Escrevi este texto em Março de 2009, mas hoje faz-me todo o sentido republicá-lo. 

[Anteontem] Numa entrevista sobre uma peça em cartaz, ouvi o João Mota dizer que "nos dias de hoje ama-se muito pouco". É verdade, ama-se pouco e mal o que é amável verdadeiramente.

A cultura urbana continua a amar demais o que não se leva para a cova e que não engrandece esta experiência de vida. Ama-se o superficial, os sinais exteriores, o status, o umbigo, a adulação, a auto-imagem. Ama-se a dissimulação, a mentira, as máscaras sociais, o jogo do oportunismo e do tirar partido, a visibilidade a que preço for. Ama-se muito uma pretensa esperteza e inteligência que anda a vigorar de forma prepotente e que tem as suas bases não na sabedoria, mas numa cultura informativa descartável diariamente; não no sentimento e sensibilidade, mas no raciocínio cartesiano e numa lógica matemática completamente desligados do núcleo emocional; não no humanismo de partilha e dádiva, mas num humanitarismo artificial, criado politicamente, no qual a solidariedade não é uma acção mas um conceito utópico, ou mesmo uma arma de luta em nada filantrópica.
Deixemo-nos de tretas. O amor embaraça. Até há quem o esconda e não é por medo que seja roubado, não. É por intimidação mesmo. Muitos olhos preferem ver o amor como uma fraqueza de espírito, porque o amor como força vital exige mudança, acção, transformação; é isso que nele intimida e amedronta. E a nossa resistência à mudança - que é profunda, brutal, irascível - rejeita-o na revolução e na verdade que ele exige.
Privilegia-se muito a agilidade mental, o discurso cerebral, a eloquência verbal. Toda a retórica política assenta aí. Os debates parecem-me festivais discursivos. Cada um tentando ser mais convincente do que o outro na busca de argumentação acusatório-defensiva.
Tão pouco inovadores, tão pouco originais, tão pouco convincentes humanisticamente. Tudo me soa a falso. Tudo me cheira a egos exarcebados.
Nada me convence (e provavelmente o mal estará em mim...) que sejam estes políticos cerebrais capazes de nos fazer sair desta crise social, moral, espiritual.
Como é que um político com uma mente completamente dissociada do sentimento poderá ser verdadeiro?
Para mim, e a menos que surja algum Mestre, a política patriarcal já deu o que tinha a dar. Apraz-me ver lugares de destaque ocupados por mulheres. Não sei se serão estas as mulheres; mas é a energia feminina a abrir caminho que me interessa, a que consegue aliar sentimento e razão e unificar pensamento, discurso e acção.
Precisamos de uma política que saiba nutrir, que saiba ouvir. Que seja menos orgulhosa, que saiba perder em razão para ganhar em paz. Que seja sentimental.
E só mesmo a mão do feminino encontrará na política um lugar para o amor.

10/11/2011

Respeitar a dor


A dor vive-se de várias maneiras, mas se há algo que tem que ser respeitado é o seu timing. É preciso ter sensibilidade e tacto, ser solidário, digno e inteligente para compreender que o desrespeito pelo timing dos processos é uma agressão, um desequilíbrio, um impedimento da regeneração. A forma ostensiva e impositiva com que alguém tenta obrigar o outro a obviar o seu processo, impondo situações que a sua fragilidade ainda não permite aceitar e ignorando a sua dor, é um acto de crueldade emocional, de imaturidade humana, uma ofensa e humilhação da essência do ser.

02/11/2011

A ajuda que vem do céu

To assist and prepare all Earth humans to make the step-up, this “upliftment”, in spiritual awareness & consciousness to the 4th dimension as Earth is about to cross the galactic equatorial plane, The Andromeda Council has committed many resources, trained people, ships, counselors, advisors in many areas of expertise, to help Earth people through the various stages of adjustment & growth. They will do this by mentoring, teaching and helping Earth humans to evolve emotionally, intellectually, physically, socially & most important spiritually.

They will share and remind people of Earth the most important, most powerful ‘force’ in the Universe is: love.

19/10/2011

A revelação que se aproxima

Desde a antiguidade que o nosso planeta tem vindo a ser ajudado, influenciado e visitado por seres de outros planetas e de outras dimensões que, por força da manipulação de instituições religiosas, forças governamentais e interesses dominantes (militares, indústrias petrolíferas, indústrias do armamento, etc), têm sido negados ao conhecimento público. Os media - controlados pelos grupos dominantes - não pesquisam nem divulgam esta temática. O público - na sua grande maioria - não é proactivo na busca de respostas e mantém-se ingenuamente confiante de que se algo houvesse para ser divulgado, os jornais e a televisão o fariam. Atentem: há grandes interesses para que isto não seja assim. Não obstante, o véu começa a romper-se. É preciso tomar consciência de que a revelação de uma nova realidade se aproxima e que se não estivermos conscientemente disponíveis para recebê-la, a humanidade sofrerá um choque tremendo.

É de louvar o trabalho do Dr. Steven Greer (ex CIA) no "Disclosure Project"; as declarações do ex-ministro da defesa do Canadá, Paul Hellyer; a abertura do Vaticano a esta temática; e o trabalho de movimentos como a Exopolitics, que em várias partes do mundo trabalham para trazer a verdade a lume.

A sobrevivência do nosso planeta e da nossa espécie pode estar intimamente vinculada à nossa aceitação de uma nova realidade. É preciso criar quórum para que, não só os governos divulguem o que tem sido ocultado ao longo dos anos, como para que as civilizações mais avançadas determinem que estamos prontos para aceitar a sua colaboração.

09/10/2011

Ensaio sobre o amor

O amor existe em todo o lado e espera apenas ser encontrado e vivenciado. Ele manifesta-se de várias formas, esconde-se, espreita, dá-se a conhecer, avança, recua, às vezes exaspera, desespera, confunde. Todos nós o procuramos, pelas mais diferentes vias. Mas conseguiremos sempre reconhecê-lo e aceitá-lo? Estaremos sempre disponíveis para ele?
Cremos que sim. Mas quando esse ideal que tanto nos seduz se materializa no campo da relação interpessoal, tudo se modifica.
Ensinaram-nos que o oposto do amor é o ódio. Mas o oposto do amor é o medo. Este medo que tolhe e nos impede de evoluir.
O amor é uma energia muito forte, que tanto assusta, como fascina. Quando ele se instala quer-nos absorver por inteiro. E aí surge o medo da entrega que ele exige, dessa entrega tão grande que parece não caber no nosso peito, que nos faz imensamente felizes mas que também é um prenúncio de dor.
E os nossos mecanismos de defesa disparam imediatamente. Às vezes julgamos que nos irá aprisionar fazendo com que percamos a nossa liberdade; outras vezes criamos a ilusão de que é apenas um sentimento sem consequências; outras ainda, rejeitamo-lo porque o conotamos com dependência de afecto; e há quem chegue a recusá-lo, por ver nele o ponto de encontro de almas carentes e necessitadas, em busca de um elixir terapêutico. Crenças baseadas no medo.
O medo é fruto da actividade racional e da insegurança. Mas a partir do momento em que se instala, o amor está em maus lençóis: vai ser questionado, dissecado, posto em causa. Há esta necessidade, imposta pela formação cartesiana, de sobrepormos o cerebral ao sentimental, que nos fecha numa zona de conforto onde o desconhecido, por mais benéfico que possa ser, tem muita dificuldade em entrar antes de passar por todos os nossos sistemas internos de prevenção.
Mas também temos um lado intuitivo e mágico, que gosta de acreditar na versão divina de que o amor nunca se questiona: ele É, simplesmente. E é benigno, pacífico, transformador. Mas tal como nós, seres divididos entre o celestial e o terreno, o amor também tem o seu lado humano, com laivos de imperfeição, inquietude e desequilíbrio. Na verdade, nada do que é transformador é pacífico. As grandes mudanças são sempre alcançadas através do atrito da dualidade.
Crescemos a considerar que o amor, per si, é sério, responsável, perfeito, e sabe sempre qual é o melhor caminho.
Mas, e se ele para chegar à perfeição tenha, tal como nós, que se ir debatendo, pacificando, elevando? Talvez o amor não seja uma energia perfeita, mas que se aperfeiçoa através de nós. Tal como nós podemos aperfeiçoar-nos através dele.

10/09/2011

Reconexão

Há dias fui a uma palestra sobre Cura Reconectiva, com Eric Pearl. Mesmo sabendo que há cada vez mais pessoas interessadas nestes temas - mas não sendo este, especificamente, muito divulgado no nosso pais (achava eu!) - não estava preparada para entrar numa sala com cerca de 600 pessoas. E pensei ”isto não é só interesse, é sede”. Sede de evolução, sede de uma nova visão que se sobreponha aos paradigmas vigentes, sede de acolher um outro sentido de vida. Uma sede que se torna uma necessidade, quase uma fatalidade, num momento em que urge deixar para trás as limitações do conhecimento cartesiano e um rol imenso de ideologias sociais, económicas e políticas de cariz materialista, narcísico e sociopata, que lobotomiza e destrói a humanidade. Uma sede que impõe o despertar global da consciência, uma elevação da frequência vibratória planetária e a reconexão ao Universo. Sede de voltar a encontrar a justa posição da humanidade no contexto cósmico.
Quando vejo o itinerário deste senhor, que desde Março até ao final do ano, ininterruptamente, vai somar palestras e seminários de 4 dias em 33 cidades, de 19 países de todos os pontos do globo (incluindo os EUA), penso que é preciso estar-se seria e profundamente empenhado, e muito consciente do seu propósito de vida e da sua missão no planeta, para se dedicar de corpo e alma a um plano desta envergadura (não obstante a retribuição material que usufruirá e que parecerá decerto ser - aos olhos de muitos - o estímulo principal. Até nisto, ainda temos tanto para aprender!).
E quando imagino os milhares de pessoas que estarão presentes, e os milhares de pessoas/vidas que serão tocadas por essas mesmas pessoas, consciencializo que o que tem vindo a ser referido como 'world shift 2011/2012' está de facto a acontecer. Intimamente, por qualquer razão, também associo este "fenómeno" a algo que começa a emergir e a tomar contornos mais visíveis, mais reais, o processo "Disclosure".
Um verdadeiro e gigantesco salto quântico evolutivo se avizinha.

09/07/2011

orapazeopeixe


Curta metragem sobre um miúdo que tem de lidar com a morte pela primeira vez quando o seu peixe de aquário pára de mexer.

Ajudem à produção deste filme, visitando o blogue, contribuindo e divulgando-o.


Dirigido por: Bertolino Pedro, Luís Montanha e Pedro Cruz

Site: http//orapazeopeixe.wordpress.com
Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=1435329813#!/pages/orapazeopeixe/221825401185374?sk=info



Este é um projecto de fim de curso de três jovens cineastas, que desde logo me despertou a atenção pelo tema abordado.
Sempre defendi que se deve encarar o tema da morte de frente, com naturalidade, e não como um assunto mórbido, ou um tabu. Os preconceitos são coisas dos adultos, fazemos julgamentos e partimos do princípio que as crianças reagem como nós, porque nos projectamos nelas. Mas na verdade as crianças são surpreendentes na sua forma de entendimento e aceitação. Talvez porque estejam mais ligadas à Fonte do que os adultos, as crianças têm uma compreensão natural do mundo e da natureza que as rodeia. Cabe-nos a nós ajudá-las a manter essa visão pura e desdramatizada.
Nesse sentido, acho que este projecto é muito válido no seu propósito. E eles precisam da nossa ajuda.

15/06/2011

World shift 2012

“Estamos num ponto de emergência global.
É a primeira vez que uma espécie sabe que pode ser levada à extinção pelas suas próprias acções.
É a maior chamada de atenção que a humanidade já teve.”
Barbara Marx Hubbard

Um vídeo que nos remete para a necessidade de tomada de consciência da situação actual e para a urgência na adopção de atitudes transformadoras.

12/06/2011

"A Síndrome de Peter Pan"

Por Dan Kiley (psicoterapeuta)
“Este livro centra-se nos homens que nunca cresceram”

Provavelmente qualquer um de nós já se defrontou alguma vez com um caso limite de infantilidade masculina, sem lhe prestar a devida reflexão. É minha opinião que actualmente as crianças e os jovens são mal orientados para enfrentar as dificuldades e responsabilidades da vida. O excesso de protecção, o facilitismo, a “falta de tempo” para educar, e um liberalismo excessivo, são ingredientes venenosos ao processo de crescimento regular no que concerne a maturidade emocional. A tendência, como nos diz o autor, é para que esta síndrome seja cada vez mais frequente no futuro. Por isso e porque imagino que seja um tema desconhecido à maioria das pessoas, considerei importante referir aqui este livro, citar algumas passagens e partilhar considerações que fui retirando no decurso da sua leitura que, desde já, aconselho vivamente a mães em particular e às mulheres em geral, por serem habitualmente mais interventivas e proactivas nos processos educacionais.



A raiz desta síndrome sedia-se no tipo de relacionamento conjugal e nas dinâmicas que daí resultam e se reflectem nas relações individuais da mãe e do pai com o filho. É uma síndrome que atinge apenas os rapazes, com uma maior taxa de incidência no primogénito.

“[A SPP] não ameaça a vida – por isso não é uma doença – mas põe em perigo a saúde mental de uma pessoa e, por isso, é mais do que uma inconveniência. (…) É um fenómeno psicológico singular (…) que provoca uma série de problemas. (…) Nos últimos vinte ou vinte e cinco anos, as pressões da vida moderna exacerbaram os factores causativos, resultando num aumento dramático da frequência do problema. E há todas as razões para esperar que piore nos anos futuros.
Durante os meus anos de aconselhamento (…) revelou-se-me lentamente que um número alarmante de rapazes não atingiriam a maioridade. (…) Durante os últimos anos da adolescência e os vinte e poucos anos, estes homens entregam-se a um estilo de vida impetuoso. O narcisismo fecha-os dentro deles mesmos, enquanto um ego irrealista os convence de que podem e devem fazer tudo quanto as suas fantasias sugerem. Mais tarde, após anos de mau ajustamento à realidade (…) a busca da aceitação das outras pessoas parece ser a única maneira de encontrar a aceitação de si mesmo. Os acessos de cólera são conotados com uma atitude masculina; negligenciam o amor, nunca aprendendo como retribuí-lo; fingem ser crescidos mas comportam-se como crianças mimadas.
Mas nunca é tarde para um homem crescer através dos seus próprios esforços, (…) por isso este livro é também um livro destinado à própria vítima [da SPP].”

Quem não se lembra de Peter Pan, aquele rapaz que nunca quis crescer e que por isso optou por viver na “Terra do Nunca”? Esta terra parece ser fantástica! Nela se pode viver eternamente como criança,  negando os problemas e fugindo aos confrontos, sem nenhuma responsabilidades de maior que não seja a satisfação dos próprios desejos numa vida sem regras.
Mas isto não existe senão na fantasia, e o que acontece na vida real é que estes rapazes-homens vão pela vida fora arrastando um corpo crescido preso ao passado juvenil. Não amadurecem emocionalmente, não desenvolvem relações saudáveis de partilha e amizade autêntica,  e vão reclamando sempre a satisfação dos seus desejos e vontades culpando tudo e todos pelo facto de a realidade se mostrar diferente da fantasia que criaram. Crescer implica ser responsável e aceitar as “dores do crescimento”, e eles recusam isso.
Agarram-se ao passado numa recusa desesperada de enfrentar a maturidade e ficam fechados nele. Cultivam recordações, pessoas e objectos, num saudosismo quase patológico. Os seus sentimentos parecem congelar e tornam-se vítimas de uma paralisia emocional que os distancia do sofrimento alheio. Chegam a ser de uma frieza cruel. No presente adoptam uma atitude de descaso na intimidade, não se comprometem, não assumem responsabilidades, adiam constantemente a resolução dos seus problemas (muitas vezes recusam-se a aceitar que os problemas existem), dificultando a comunicação, o seu progresso emocional e gerando desequilíbrio e danos nas suas relações próximas. “Preferem a paz e a tranquilidade da indiferença pura”, diz Dan Kiley.

A sua dificuldade em lidar com as perdas é imensa. Não compreendem nem aceitam ser rejeitados, esquecidos ou negligenciados. Vivem condicionados à aceitação dos outros, tornam-se egocêntricos, narcisistas e até chauvinistas de uma maneira muito subtil.
Em alguns casos a resistência à mudança decorre da preguiça, do adiamento daquilo que é sério e necessário, e faz com que estes rapazes-homens recorram a ocupações escapistas e a fugas através de vícios diversos, chegando à droga e ao álcool.
Quem quer que se atravesse à sua frente e pretenda trazê-los à realidade tem a mesma dificuldade que um soldado que pretenda atravessar um campo minado.
 
Escondem-se de si próprios através do “hábito de longa duração de uma alegria falsa difícil de eliminar” e “até as pessoas mais íntimas não suspeitam de que há realmente algo de errado – excepto a mulher, ou amante. (…) Ela sabe que há algo de errado. Sabe isso quase desde que o conheceu. E sabe que é mais do que apenas um problema dela. É um problema de relacionamento”.


Uma mulher que ame um homem com esta síndrome normalmente desilude-se face à sua imaturidade, instabilidade e desamor. Ele pode despedir-se de manhã com um beijo extremamente amoroso e à tarde magoá-la com atitudes e palavras duras. Ele “espera que a amante, mulher legítima, “mãe”, suporte as suas imaturidades e indelicadezas porque considera ser essa a sua missão”. Na verdade, ele “compara o amor por uma companheira com o amor de mãe. O amor adulto é distorcido a ponto de uma mulher legítima nunca dever esperar mais do que aquilo que ele escolher dar, na altura em que ele decidir dar. Ele não compreende que o amor adulto é condicional: envolve dar e receber. Mais, é ele quem recebe e a mulher quem dá. Se uma mulher desafiar esta desigualdade” terá problemas.
Na verdade este tipo de homem vê na companheira a projecção de uma mãe ideal e não a Mulher. Por isso preocupa-se inconscientemente em conquistar a atenção de outras mulheres, ao ponto de não compreender que isso incomode a companheira, pois no seu universo emocional remeteu-a para o lugar de “mãe” compreensiva, ou de irmã mais velha. “Esta é uma atitude narcisista de quem está desesperado pelo reconhecimento exterior e distorce a realidade”.
No entanto, isto tem uma origem. Em algum momento do seu percurso estes rapazes-homens sofreram muito sozinhos, sem aprenderem a aceitar as suas fraquezas e fracassos, querendo ser perfeitos e agradar para serem aceites exteriormente, para “pertencerem”; e isto levou-os a criar defesas para se protegerem do contacto com a sua própria dor. O que não conseguem perceber sozinhos é que o efeito perverso dessa paralisia emocional é o afastamento daquilo que é de facto a única coisa que os pode ajudar: o amor – amar a si mesmo, ser amado, relações autênticas e responsáveis.

Há uma maneira de os podermos ajudar: amando a criança “imperfeita” que eles julgam ter sido e ajudando o adulto a entrar em contacto com as dores alojadas no seu coração. Mas esta missão pode revelar-se destrutiva numa relação a dois, pois o espaço do relacionamento é um terreno minado onde este tipo de homem encara cada confronto, não como um desafio que o ajuda no processo de crescimento, mas como uma mina que pode estilhaçar a auto-imagem com que se identifica. Nestes casos converte a mulher na sua maior inimiga e o espaço da relação deteriora-se: inconscientemente, fará tudo para destruí-la.
Quando eles próprios tomam consciência do seu processo, predispondo-se a assumir um compromisso responsável consigo, a terapia será a melhor via para desenvolver um processo de auto-conhecimento e aceitação de si mesmo.

24/04/2011

A doutrina do choque

A Doutrina do Choque
É impresncindível ver este documentário para conseguir perceber o que está em causa actualmente. Há que tomar consciência da verdade para procurar as soluções certas.
About this video:
"É imperativo difundir este vídeo. Ponham nos vossos blogs, murais, mandem o link por mail, façam download. Primeiro caiu a Grécia, depois caiu a Irlanda, Portugal acabou de cair e a seguir é a Espanha. Para entender qual é o verdadeiro objectivo da consequência da entrada do FMI, é essencial ver este filme."

22/04/2011

Momentos de verdade



Talvez seja mesmo o melhor jornalista português na área de economia, como se afirma. Mas a meu ver o que é importante é que é o único a fazer chegar-nos a verdade, sem paninhos quentes, com sobriedade, profundo conhecimento, e de uma forma extremamente construtiva pois aponta caminhos e soluções. Este homem tem que ser ouvido pelos portugueses.

01/03/2011

Islândia, revolução no feminino

Revolução pacífica na Islândia, silêncio dos media

Por incrível que possa parecer, uma verdadeira revolução democrática e anticapitalista ocorre na Islândia neste preciso momento e ninguém fala dela, nenhum meio de comunicação dá a informação, quase não se vislumbrará um vestígio no Google: numa palavra, completo escamoteamento. Contudo, a natureza dos acontecimentos em curso na Islândia é espantosa: um Povo que corre com a direita do poder, sitiando pacificamente o palácio presidencial, uma "esquerda" liberal de substituição igualmente dispensada de "responsabilidades" porque se propunha pôr em prática a mesma política que a direita, um referendo imposto pelo Povo para determinar se se devia reembolsar ou não os bancos capitalistas que, pela sua irresponsabilidade, mergulharam o país na crise, uma vitória de 93% que impôs o não reembolso dos bancos, uma nacionalização dos bancos e, cereja em cima do bolo deste processo a vários títulos "revolucionário": a eleição de uma assembleia constituinte a 27 de Novembro de 2010, incumbida de redigir as novas leis fundamentais que traduzirão doravante a cólera popular contra o capitalismo e as aspirações do Povo por outra sociedade.
Quando retumba na Europa inteira a cólera dos Povos sufocados pelo garrote capitalista, a actualidade desvenda-nos outro possível, uma história em andamento susceptível de quebrar muitas certezas e sobretudo de dar às lutas que inflamam a Europa uma perspectiva: a reconquista democrática e popular do poder, ao serviço da população.

http://www.cadtm.org/Quand-l-Islande-reinvente-la

Desde Sábado 27 de Novembro, a Islândia dispõe de uma Assembleia constituinte composta por 25 simples cidadãos eleitos pelos seus pares. É seu objectivo reescrever inteiramente a constituição de 1944, tirando nomeadamente as lições da crise financeira que, em 2008, atingiu em cheio o país. Desde esta crise, de que está longe de se recompor, a Islândia conheceu um certo número de mudanças espectaculares, a começar pela nacionalização dos três principais bancos, seguida pela demissão do governo de direita sob a pressão popular. As eleições legislativas de 2009 levaram ao poder uma coligação de esquerda formada pela Aliança (agrupamento de partidos constituído por social-democratas, feministas e ex-comunistas) e pelo Movimento dos Verdes de esquerda. Foi uma estreia para a Islândia, bem como a nomeação de uma mulher, Johanna Sigurdardottir, para o lugar de Primeiro-ministro.

http://www.parisseveille.info/quand-l-islande-reinvente-la,2643.html

18/01/2011

Upgrading politics

“Não podemos resolver os problemas de hoje com a mesma mentalidade com que foram criados”. Disse Einstein.

Se apostarmos nos mesmos políticos que há anos se encontram institucionalizados e viciados nas mesmas formas de actuação e gestão, compadrios e conluios, muito dificilmente teremos uma governação upgraded.

Mesmo que viessem os vampiros – agora tão em voga – sugar-lhes o sangue, a ver se lhes nascia novo, tinha as minhas sérias dúvidas. Isto já não vai com transfusões; nalguns casos teriam que ser lobotomias totais; noutros casos, um resurfacing mental (resurminding, portanto) poderia ser o suficiente para um update, mas nunca para um upgrade.

Quando eu ainda acreditava no pai natal, achava que se os governos fossem holísticos a governação seria quase perfeita. Imaginava eu que seria possível criar uma partido único – holístico – com as melhores pessoas de cada partido, não havendo nenhum com mais representatividade do que outro (acabando-se logo com a primeira fonte de discórdia).  Se algum dos constituintes do PH fosse apanhado em incumprimento de promessas, em compadrios, favorecimentos, ou qualquer forma de corrupção, seria automaticamente substituído por outro representante do respectivo GP (grupo partidário) que o havia nomeado. Para além disso, ficaria sujeito à pena mínima obrigatória de um ano, a prestar serviço cívico e a auferir o salário mínimo nacional (a pena seria sempre decidida por referendo nacional e poderia ser mais longa, mas nunca reduzida) e nunca mais poderia concorrer a representante do seu GP.

Hoje, já mais crescidinha, é-me tão fácil acreditar no gordinho de fato vermelho, como nos “melhores” de cada partido: ambos são ficção.

E é a minha maior convicção de que este país só teria a ganhar se esta classe política utilizasse o pingo de vergonha na cara que lhes resta e se pusesse a andar (demitam-se, reformem-se, o que quiserem). Como talvez dissesse o Manuel Moura dos Santos, se presidisse a um casting governamental, “vocês de política não pescam nada, arranjem outra actividade, vão cavar batatas por exemplo”.

E como estou verdadeiramente cansada do patriarcado – na política, no tecido empresarial, na igreja, na cultura – pela demonstração excessiva daquilo que (não) vale, anseio a que nos próximos anos o upgrade da nossa sociedade se faça pela energia feminina. Urge, urge, urge!