As pessoas às vezes não se entendem. E em cada desentendimento há uma impossibilidade de contacto.
Não entrando em contacto, não se sentem, não se sintonizam na mesma frequência. É um grande fracasso de comunicação.
Muitas vezes vivem na convicção de que comungam os mesmos princípios e valores. E só o tempo e a maturação revelarão que eles, afinal, colidem.
Mas ainda assim, une-as o afecto. E por ele criam o pensamento “milagroso” de que as dificuldades são transponíveis per si, não percebendo que isso ainda dificulta mais uma comunicação efectiva e realista.
Têm consciência da presença de uma certa tristeza causada por essa dificuldade, mas ela é encarada como natural, como se fosse parte integrante do próprio crescimento relacional.
De facto isso é verdade quando a comunicação possibilita-lhes uma interacção e convivência saudáveis, espontâneas, e a tristeza surge ocasionalmente como reacção a obstáculos.
Mas quando a comunicação falha não se geram cumplicidades, a resolução das diferenças é dificultada, a tristeza torna-se permanente.
E assim se instala a ansiedade e a frustração de se estar com alguém que não se sente perto. Que talvez não esteja sequer próximo.
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