Há uma lacuna entre a idade jovem, que a sociedade dita ser até cerca dos 35, e a idade senior que, subentende-se, começa aos 65 com a reforma.
Temos, portanto, um intervalo de 30 anos em que supostamente já não somos novos (apesar de o nosso espírito dizer que sim), ainda não somos velhos (apesar da vista cansada e outras coisitas já o quererem anunciar), estamos madurinhos mas não gostamos de nos encaixar no rótulo impreciso e foleiro da "meia-idade". Gentilmente os ainda mais jovens, talvez sensíveis à nossa sensibilidade e num vislumbre do que lhes reserva o futuro, referem-nos com este tolerável - mas não menos impreciso e preconceituoso - título: "cotas".
O porquê de chamarem tal coisa aos passageiros desta faixa etária, a qual eu inequivocamente denominaria l' age suprème por mil e uma razões (a começar pelo glamour do nome), era uma ignorância que eu queria colmatar.
Aqui fica, para pôr o conhecimento em dia. "Cota" em Angola designa «o mais velho». Tem origem na palavra "díkota", do Quimbundo (língua bantu de Angola), com o mesmo sentido.
Aqui fica, para pôr o conhecimento em dia. "Cota" em Angola designa «o mais velho». Tem origem na palavra "díkota", do Quimbundo (língua bantu de Angola), com o mesmo sentido.
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