O amor existe em todo o lado e espera apenas ser encontrado e vivenciado. Ele manifesta-se de várias formas, esconde-se, espreita, dá-se a conhecer, avança, recua, às vezes exaspera, desespera, confunde. Todos nós o procuramos, pelas mais diferentes vias. Mas conseguiremos sempre reconhecê-lo e aceitá-lo? Estaremos sempre disponíveis para ele?
Cremos que sim. Mas quando esse ideal que tanto nos seduz se materializa no campo da relação interpessoal, tudo se modifica.
Ensinaram-nos que o oposto do amor é o ódio. Mas o oposto do amor é o medo. Este medo que tolhe e nos impede de evoluir.
O amor é uma energia muito forte, que tanto assusta, como fascina. Quando ele se instala quer-nos absorver por inteiro. E aí surge o medo da entrega que ele exige, dessa entrega tão grande que parece não caber no nosso peito, que nos faz imensamente felizes mas que também é um prenúncio de dor.
E os nossos mecanismos de defesa disparam imediatamente. Às vezes julgamos que nos irá aprisionar fazendo com que percamos a nossa liberdade; outras vezes criamos a ilusão de que é apenas um sentimento sem consequências; outras ainda, rejeitamo-lo porque o conotamos com dependência de afecto; e há quem chegue a recusá-lo, por ver nele o ponto de encontro de almas carentes e necessitadas, em busca de um elixir terapêutico. Crenças baseadas no medo.
O medo é fruto da actividade racional e da insegurança. Mas a partir do momento em que se instala, o amor está em maus lençóis: vai ser questionado, dissecado, posto em causa. Há esta necessidade, imposta pela formação cartesiana, de sobrepormos o cerebral ao sentimental, que nos fecha numa zona de conforto onde o desconhecido, por mais benéfico que possa ser, tem muita dificuldade em entrar antes de passar por todos os nossos sistemas internos de prevenção.
Mas também temos um lado intuitivo e mágico, que gosta de acreditar na versão divina de que o amor nunca se questiona: ele É, simplesmente. E é benigno, pacífico, transformador. Mas tal como nós, seres divididos entre o celestial e o terreno, o amor também tem o seu lado humano, com laivos de imperfeição, inquietude e desequilíbrio. Na verdade, nada do que é transformador é pacífico. As grandes mudanças são sempre alcançadas através do atrito da dualidade.
Crescemos a considerar que o amor, per si, é sério, responsável, perfeito, e sabe sempre qual é o melhor caminho.
Mas, e se ele para chegar à perfeição tenha, tal como nós, que se ir debatendo, pacificando, elevando? Talvez o amor não seja uma energia perfeita, mas que se aperfeiçoa através de nós. Tal como nós podemos aperfeiçoar-nos através dele.
Cremos que sim. Mas quando esse ideal que tanto nos seduz se materializa no campo da relação interpessoal, tudo se modifica.
Ensinaram-nos que o oposto do amor é o ódio. Mas o oposto do amor é o medo. Este medo que tolhe e nos impede de evoluir.
O amor é uma energia muito forte, que tanto assusta, como fascina. Quando ele se instala quer-nos absorver por inteiro. E aí surge o medo da entrega que ele exige, dessa entrega tão grande que parece não caber no nosso peito, que nos faz imensamente felizes mas que também é um prenúncio de dor.
E os nossos mecanismos de defesa disparam imediatamente. Às vezes julgamos que nos irá aprisionar fazendo com que percamos a nossa liberdade; outras vezes criamos a ilusão de que é apenas um sentimento sem consequências; outras ainda, rejeitamo-lo porque o conotamos com dependência de afecto; e há quem chegue a recusá-lo, por ver nele o ponto de encontro de almas carentes e necessitadas, em busca de um elixir terapêutico. Crenças baseadas no medo.
O medo é fruto da actividade racional e da insegurança. Mas a partir do momento em que se instala, o amor está em maus lençóis: vai ser questionado, dissecado, posto em causa. Há esta necessidade, imposta pela formação cartesiana, de sobrepormos o cerebral ao sentimental, que nos fecha numa zona de conforto onde o desconhecido, por mais benéfico que possa ser, tem muita dificuldade em entrar antes de passar por todos os nossos sistemas internos de prevenção.
Mas também temos um lado intuitivo e mágico, que gosta de acreditar na versão divina de que o amor nunca se questiona: ele É, simplesmente. E é benigno, pacífico, transformador. Mas tal como nós, seres divididos entre o celestial e o terreno, o amor também tem o seu lado humano, com laivos de imperfeição, inquietude e desequilíbrio. Na verdade, nada do que é transformador é pacífico. As grandes mudanças são sempre alcançadas através do atrito da dualidade.
Crescemos a considerar que o amor, per si, é sério, responsável, perfeito, e sabe sempre qual é o melhor caminho.
Mas, e se ele para chegar à perfeição tenha, tal como nós, que se ir debatendo, pacificando, elevando? Talvez o amor não seja uma energia perfeita, mas que se aperfeiçoa através de nós. Tal como nós podemos aperfeiçoar-nos através dele.
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