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18/11/2010

Alergias, dermatites e chatices

Ora aqui está um assunto que eu nunca tinha abordado.
Desde miúda que sou alérgica ao pó, ao pólen, a fungos e humidade, à prata, ao níquel e a alguns tipos de detergentes e amaciadores. Lembro-me que não aguentava brincos, nem colares e pulseiras, sem ficar cheia de eczemas e prurido. De tanto coçar-me ficava repleta de feridas. A pequena fivela do relógio de pulso era suficiente para me fazer um eczema. Os sintomas eram localizados à área de contacto daquelas substâncias (orelhas, pescoço, pulso), mas foi suficientemente incómodo para eu conseguir avaliar o sofrimento de um bébé vítima de atopia.
Na idade adulta atenuaram-se essas alergias (apesar de ter reincidências ocasionais nas orelhas por causa dos brincos), mas surgiu-me outra, uma enorme sensibilidade (que só recentemente percebi que era alergia) a determinadas fibras da roupa interior, e até a pensos e tampões, que em contacto directo com a pele me causavam um triste e terrível desconforto. E no último ano, então, agudizou-se a rinite alérgica (isto aconteceu de uma forma generalizada e ao que parece teve causas ambientais).
Todas estas reacções alérgicas ou de hipersensibilidade são provocadas por vários factores, não só externos, mas também associados à alimentação e a causas emocionais (como o stress, que fragiliza as defesas do organismo). E se contra umas não podemos fazer nada, contra outras existem alternativas, nomeadamente no que concerne os tecidos e materiais utilizados no contacto directo com a pele. Habitualmente, quando nos deparamos com um distúrbio na saúde, varmos logo comprar remédios para reduzir os sintomas, sem procurarmos minimizar as causas. À conta disso já usei muitas bisnagas de cremes e anti-histamínicos. Não digo que se tornam totalmente dispensáveis - acredito que nalguns casos sejam mesmo necessários - mas podem ser reduzidos (no meu caso, um deles foi mesmo eliminado).
Recentemente entrei em contacto com uma nova marca nacional – Vicky C.O. - em algodão orgânico natural de cultura biológica, sem recurso a pesticidas, nem a branqueamentos, nem a tintas, que é hipoalergénico e reduz em muito o desconforto das peles sensíveis e atópicas dos bebés (e reduz às mães a preocupação e angústia).
E foi por acaso que, por seu intermédio, numa pesquisa, encontrei finalmente uma marca de tampões e pensos, também em algodão orgânico natural, que fazem TODA a diferença! Foi uma descoberta tardia, hão-de dizer-me, porque esta linha já existe desde 1989 – a Natracare – mas calhou só a descobrir recentemente e foi uma descoberta mesmo feliz. E posso dizer-vos onde comprei, na "Miosótis", em Lisboa.

Não sou de fazer publicidade a marcas ou lojas, mas há projectos responsáveis e de filosofia ecológica que merecem ser difundidos. Tenho ali ao lado uma coluna onde realço o planeta terra como a casa que nos acolhe e que precisa de ser cuidada. Ora, a preservação e sustentabilidade da nossa casa e das nossas sociedades, encontra resposta no empreendedorismo responsável de quem avança com pioneirismo em projectos que garantam a preservação do planeta e da nossa saúde. Mencionei a portuguesa Vicky C.O. e a inglesa Natracare, a título de exemplo, mas sei que muitas outras avançam nesta senda e é nosso dever apoiá-las, por oposição às empresas e indústrias que exploram abusivamente o nosso planeta, secando-o, contaminando-o e destruindo-o com substâncias químicas que provocam a morte de seres humanos e de espécies diversas.

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