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25/05/2010

Histórias de paixão



Acredito na transformação do mundo pela força e criatividade da energia feminina, seja qual for o seu veículo. Isto significa que não sou feminista, que reconheço e admiro nos homens a capacidade de se ligarem à sua intuição, sensibilidade ideológica e racionalismo passional (por mais paradoxal que isto possa parecer) e destaco algumas das grandes figuras históricas que nos são mais próximas e que para mim são referências desse apostolado, Jesus Cristo, Gandhi, Dalai Lama, Martin Luther King, Nelson Mandela, entre outros.

Creio, no entanto, que o que nos faz cair facilmente num discurso mais enfático sobre a energia do feminino conduzida por mulheres é, por um lado, o facto de as sociedades patriarcais imperarem há demasiado tempo, levando a que a sua dominação milenar priveligie o desenvolvimento social e tecnológico com base na posse, na guerra, na produção, na rentabilidade e no lucro - construindo depois sobre isto um modelo de vida, uma estrutura de família e uma rede afectivo-social - destituindo assim as sociedades do seu equilíbrio humano natural, que seria exactamente o oposto. E por outro lado, o facto de o excesso de energia masculina na política, nas guerras, na indústria do armamento, nas religiões, na gestão de empresas, na filosofia, já ter provado que causa muitos danos.

O mundo até hoje tem sido gerido pela energia do masculino. E até no céu Deus, anjos e espíritos, sempre foram interpretados no masculino.

Ao contrário da Joana Amaral Dias (que apesar do look Barbie, deve ter tomado pílulas de masculinidade à nascença), eu considero que faria muita diferença se cada vez mais as mulheres ocupassem lugares determinantes neste mundo. E isto apenas porque parece que está a ser muito difícil aos homens integrarem a sua energia feminina e fazerem da nossa história um lugar de sabedoria e paixão.

1 comentário:

JPN disse...

Subscrevo inteiramente.