Nem sempre é fácil descobrir o nosso caminho. Há os que têm a ventura de o reconhecer cedo e depois há os outros, a grande maioria onde me incluo, aqueles que passam muito tempo a entrar e a sair de atalhos, à procura daquele lugar que é o seu, numa busca incessante, tantas vezes coroada de insatisfações. Talvez o problema seja que, nessa busca, muitas vezes fechamos os olhos a nós próprios e não procuramos ver, nem ouvir a essência que há em nós e que transcende a mera existência física e a limitada inteligibilidade intelectual. Procuramos apenas no exterior as referências que ilusoriamente confortam e orientam de forma unicamente racional a nossa vivência.
Mas será Vivência a forma passiva a que reduzimos a nossa existência, alheada da nossa mais pura vontade e da Natureza da qual somos parte integrante, subordinados a conceitos e padrões vigentes, sejam eles quais forem, criados por terceiros, que tantas vezes nos chocam e ferem, vão contra o nosso coração e a nossa intuição, mas que “temos” que aceitar, absorver e alimentar, porque assim nos ditam as normas sociais desde os nossos primeiros passos? Creio que não. Tudo isso poderá resumir-se a um acto de sobrevivência, porque temos necessidade de nos arrumar em qualquer prateleira socio-cultural para não nos sentirmos marginalizados, e depois somos “obrigados” a respeitar os seus códigos para não sermos banidos, mas isso decididamente não é Viver!
Porque agora, para mim, Viver implica adquirir uma consciência global, sem dissociar o corpo da mente e do espírito, sem dissociar a ecologia ambiental da ecologia do ser, sem dissociar o Sentir do Pensar e do Agir, e sem filiação a qualquer tipo de “ismos”; implica reconhecer e assumir a responsabilidade pelo impacto e consequência que as minhas acções, os meus pensamentos e as minhas emoções, têm sobre mim própria, irradiando de mim para o Universo; implica pôr a minha máquinazinha a trabalhar para o Todo, sempre com a mais elevada consciência; implica descobrir e aceitar humildemente o papel que me está reservado neste imenso puzzle, do qual apenas sou e vejo uma parte.
E depois, deparamo-nos tantas vezes com esse terrível sentimento de separatividade entre nós e os outros, os terceiros, os eles, como se nós mesmos não fôssemos também os “outros” para alguém. Creio que só quando começamos a tomar consciência de que os outros somos nós e vice-versa, eliminando o orgulho e os vícios de pensamento que nos tornam resistentes à mudança e geram inúmeros conflitos, é que percebemos que tudo o que se vê lá fora é um reflexo do que está cá dentro. Neste momento, se formos honestos, começamos também a pôr de lado os lugares-comuns que tanto amparo nos dão quando manifestamos o nosso repúdio pelo estado do mundo, das micro sociedades em que vivemos e da nossa própria vida, porque percebemos que contra nós falamos.
É esse padrão passivo e destrutivo que se albergou em mim no primeiro sopro, que tenho vindo a reconhecer e trabalhar como um alquimista, adquirindo a consciência e compreensão de que não posso delegar a responsabilidade da minha vida à vontade dos que aparentam ser mais activos; de que não posso responsabilizar os outros pelos meus insucessos e experiências mais dolorosas e frustrantes; e que devo, de uma vez por todas, expressar e vivenciar a minha mais pura essência sem medo ou vergonha, sem me condicionar a quaisquer limites ou imposições. Porque a pura essência é ilimitada, é o “vazio” fértil, é o lugar de todas as potencialidades, é a centelha divina que nos liga à divindade, ao numinoso. É, numa palavra, AMOR! E assim sendo, é o único Caminho existente para a auto realização a todos os níveis. Se de facto nos deixarmos conduzir pelo AMOR, seremos verdadeiramente livres.
Mas será Vivência a forma passiva a que reduzimos a nossa existência, alheada da nossa mais pura vontade e da Natureza da qual somos parte integrante, subordinados a conceitos e padrões vigentes, sejam eles quais forem, criados por terceiros, que tantas vezes nos chocam e ferem, vão contra o nosso coração e a nossa intuição, mas que “temos” que aceitar, absorver e alimentar, porque assim nos ditam as normas sociais desde os nossos primeiros passos? Creio que não. Tudo isso poderá resumir-se a um acto de sobrevivência, porque temos necessidade de nos arrumar em qualquer prateleira socio-cultural para não nos sentirmos marginalizados, e depois somos “obrigados” a respeitar os seus códigos para não sermos banidos, mas isso decididamente não é Viver!
Porque agora, para mim, Viver implica adquirir uma consciência global, sem dissociar o corpo da mente e do espírito, sem dissociar a ecologia ambiental da ecologia do ser, sem dissociar o Sentir do Pensar e do Agir, e sem filiação a qualquer tipo de “ismos”; implica reconhecer e assumir a responsabilidade pelo impacto e consequência que as minhas acções, os meus pensamentos e as minhas emoções, têm sobre mim própria, irradiando de mim para o Universo; implica pôr a minha máquinazinha a trabalhar para o Todo, sempre com a mais elevada consciência; implica descobrir e aceitar humildemente o papel que me está reservado neste imenso puzzle, do qual apenas sou e vejo uma parte.
E depois, deparamo-nos tantas vezes com esse terrível sentimento de separatividade entre nós e os outros, os terceiros, os eles, como se nós mesmos não fôssemos também os “outros” para alguém. Creio que só quando começamos a tomar consciência de que os outros somos nós e vice-versa, eliminando o orgulho e os vícios de pensamento que nos tornam resistentes à mudança e geram inúmeros conflitos, é que percebemos que tudo o que se vê lá fora é um reflexo do que está cá dentro. Neste momento, se formos honestos, começamos também a pôr de lado os lugares-comuns que tanto amparo nos dão quando manifestamos o nosso repúdio pelo estado do mundo, das micro sociedades em que vivemos e da nossa própria vida, porque percebemos que contra nós falamos.
É esse padrão passivo e destrutivo que se albergou em mim no primeiro sopro, que tenho vindo a reconhecer e trabalhar como um alquimista, adquirindo a consciência e compreensão de que não posso delegar a responsabilidade da minha vida à vontade dos que aparentam ser mais activos; de que não posso responsabilizar os outros pelos meus insucessos e experiências mais dolorosas e frustrantes; e que devo, de uma vez por todas, expressar e vivenciar a minha mais pura essência sem medo ou vergonha, sem me condicionar a quaisquer limites ou imposições. Porque a pura essência é ilimitada, é o “vazio” fértil, é o lugar de todas as potencialidades, é a centelha divina que nos liga à divindade, ao numinoso. É, numa palavra, AMOR! E assim sendo, é o único Caminho existente para a auto realização a todos os níveis. Se de facto nos deixarmos conduzir pelo AMOR, seremos verdadeiramente livres.